BRICS: Como Esse Grupo Está Transformando a Geopolítica e a Economia Global

Você já parou para pensar no impacto do BRICS no cenário mundial? Formado por um seleto grupo de economias emergentes, o BRICS tem se consolidado como uma força de mudança no equilíbrio de poder global. O que começou como um movimento de cooperação entre quatro países agora se expandiu para um agrupamento de onze nações, todas comprometidas com o desenvolvimento socioeconômico e a transformação do sistema internacional. Neste artigo, vamos explorar o que é o BRICS, como ele surgiu, quem são seus membros e como esse bloco influencia a economia e a política global.
O Que é o BRICS?
O BRICS é um fórum internacional formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em 2024, o grupo passou a incluir seis novos membros: Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Juntas, essas nações representam uma significativa parte da população mundial e do Produto Interno Bruto (PIB) global, sendo responsáveis por uma grande fatia da produção e do comércio mundial.
O principal objetivo do BRICS é promover a cooperação econômica, política e social entre seus membros, além de fortalecer a posição do Sul Global na governança internacional. O grupo trabalha para criar um sistema mais equitativo e representativo, promovendo reformas nas grandes instituições internacionais, como as Nações Unidas (ONU), o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio (OMC).
A História do BRICS: De Onde Veio Essa Força Global?
A ideia do BRICS surgiu em 2001, quando o economista Jim O’Neill, do banco Goldman Sachs, sugeriu que Brasil, Rússia, Índia e China poderiam se unir para formar um bloco de economias emergentes com grande potencial de crescimento. O termo “BRIC” foi utilizado pela primeira vez para descrever esses quatro países, mas a verdadeira transformação do grupo aconteceu com a adesão da África do Sul em 2011, quando o acrônimo passou a ser BRICS.
A Primeira Reunião
A primeira reunião formal dos membros do BRICS aconteceu em 2006, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque. No ano seguinte, em 2007, os ministros de Relações Exteriores dos países se reuniram para discutir temas globais, e foi aí que o BRICS começou a se consolidar como uma plataforma importante de diálogo entre essas grandes economias emergentes.
A Primeira Cúpula
Em 2009, aconteceu a primeira Cúpula de Chefes de Estado do BRICS, em Ecaterimburgo, na Rússia. Nesse encontro, o grupo discutiu maneiras de influenciar a governança econômica global, especialmente após a crise financeira mundial de 2008. O BRICS passou a se envolver ativamente no G20 e em outras instituições financeiras, defendendo reformas que refletissem o crescimento das economias emergentes.
O BRICS de Hoje: Expansão e Novos Membros
Nos últimos anos, o BRICS continuou a se expandir. Em 2023, durante a Cúpula de Joanesburgo, os líderes do grupo aprovaram a adesão de seis novos membros, o que ampliou ainda mais a influência do bloco no cenário global. Com a inclusão de Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, o BRICS passou a ter uma presença significativa não apenas na Ásia, mas também no Oriente Médio e na África, regiões estratégicas para o desenvolvimento econômico e a segurança global.
Atualmente, o BRICS é composto por um total de onze países membros, todos com interesses comuns no fortalecimento da cooperação em diversas áreas, incluindo política, economia, segurança e questões sociais.
Países Membros: Quem São os Atuais Integrantes?
O BRICS inclui agora os seguintes países membros:
- Brasil
- Rússia
- Índia
- China
- África do Sul
- Arábia Saudita
- Egito
- Emirados Árabes Unidos
- Etiópia
- Indonésia
- Irã
Esses países são responsáveis por uma parte considerável do comércio global e das economias de mercado emergentes. Juntos, eles representam uma força crescente no cenário internacional, com uma população que ultrapassa 3 bilhões de pessoas, ou cerca de 40% da população mundial.
Países Parceiros e Colaborações Regionais
Além dos membros, o BRICS também tem uma categoria de países parceiros, que participam de algumas das reuniões e projetos do grupo. A criação dessa categoria foi aprovada na Cúpula de Kazan, em 2024, e inclui países como Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
O governo brasileiro, durante sua presidência do BRICS em 2025, anunciou a adesão formal do Vietnã como país parceiro, trazendo mais uma nação com forte presença econômica no Sudeste Asiático para dentro da esfera de cooperação do grupo.
Como a Presidência do BRICS Funciona?
A presidência do BRICS é rotativa e segue a ordem alfabética dos membros. Cada país assume a presidência por um ano, definindo as prioridades da agenda e organizando a cúpula anual. Em 2025, o Brasil estará à frente do BRICS, com foco em promover a reforma da governança internacional e fortalecer a cooperação entre os países do Sul Global.
A presidência pro tempore também é responsável por definir as estratégias e os projetos de cooperação, ajudando a impulsionar a agenda de desenvolvimento do bloco. Além disso, cada país tem o poder de convidar outras nações para eventos e reuniões, como as cúpulas de chanceleres e líderes.
O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB): Financiando o Futuro
O BRICS também criou uma instituição financeira importante: o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), que foi lançado durante a Cúpula de Fortaleza, em 2014. O NDB tem como objetivo financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países emergentes, ajudando a promover o crescimento econômico e a melhoria das condições de vida em várias regiões do mundo.
Com a expansão do BRICS, o NDB tem se tornado uma ferramenta essencial para o financiamento de projetos que visam aumentar a conectividade, a segurança energética e o desenvolvimento social nos países membros e parceiros do bloco.
O Impacto do BRICS na Economia Global
O BRICS é chave para mudar a economia do mundo. Eles dão uma chance de crescer que questiona os modos antigos de mandar no mundo. Com trabalhos juntos, esses países em ascensão estão mudando a força na economia, trazendo mais gente e opiniões diferentes à mesa.
Eles querem depender menos de lugares grandes de dinheiro como os EUA e a UE. Na busca, querem usar outras moedas, não só o dólar, para ter mais segurança nas suas economias que estão a crescer.
Conclusão: O Futuro do BRICS
No panorama global, o BRICS ascende como ator chave, notadamente por seu potencial transformador do sistema internacional. Composto por economias emergentes influentes, o bloco expandiu-se consideravelmente, ganhando espaço nos âmbitos político e econômico. O BRICS tem exercido papel fundamental ao questionar estruturas de poder estabelecidas, visando a um equilíbrio nas resoluções globais, com ênfase nos países em desenvolvimento. Mais que um agrupamento de nações, é uma força motriz por um sistema internacional equitativo.
Adicionalmente, em 2024, o BRICS alargou sua composição, acolhendo Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Tal movimento consolida a parceria entre os países do Sul Global, fomentando um cenário propício ao intercâmbio de conhecimentos, tecnologias e estratégias que impulsionam o desenvolvimento sustentável. Essa ampliação gera novas perspectivas e intensifica o combate à pobreza, à desigualdade e às alterações climáticas.
Atualmente, a cooperação no BRICS revela-se crucial. Em um contexto mundial dinâmico, o bloco surge como alternativa para um futuro mais equilibrado. Com a adesão de mais países, o BRICS robustece-se e pressiona por reformas em organizações como a ONU, o FMI e o Banco Mundial. Tal processo acelera o progresso coletivo, por meio da partilha de experiências e soluções inovadoras.
Com o Brasil na presidência do BRICS em 2025, o momento é crucial. O país tem a oportunidade de implementar projetos prioritários, como o aprofundamento da cooperação econômica entre os membros e a busca por uma governança global mais justa. As expectativas são altas, e a liderança brasileira poderá ser um marco, tanto para o BRICS quanto para a economia global. Um BRICS fortalecido pode ser fundamental para remodelar a política e a economia mundial nos próximos anos.
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Perguntas Frequentes sobre o BRICS
1. O que é o BRICS?
O BRICS é um grupo internacional composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, com o objetivo de promover a cooperação econômica, política e social entre essas economias emergentes.
2. Quais países fazem parte do BRICS?
O BRICS é composto por 11 países: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
3. Como o BRICS influencia a economia global?
O BRICS promove reformas nas instituições financeiras internacionais e trabalha para fortalecer as economias emergentes, tornando o sistema econômico global mais equitativo e inclusivo.
4. O BRICS é um bloco econômico?
Não, o BRICS não é um bloco econômico formal. Ele funciona como um mecanismo de cooperação entre países com economias emergentes, mas não adota políticas econômicas unificadas.
5. O que é o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB)?
O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) é uma instituição financeira criada pelos países do BRICS para financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países emergentes.
6. Como o BRICS foi formado?
O BRICS foi inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China em 2006. A África do Sul aderiu em 2011, e novos membros foram adicionados em 2024, como parte de uma expansão.
7. Quais são os objetivos do BRICS?
O BRICS visa promover a cooperação entre os países emergentes em áreas como economia, política, segurança e inclusão social, além de aumentar a influência do Sul Global nas decisões internacionais.
8. Como funciona a presidência do BRICS?
A presidência do BRICS é rotativa e segue a ordem alfabética dos membros. Cada país assume a presidência por um ano e define as prioridades da agenda.
9. Quais são os países parceiros do BRICS?
Os países parceiros do BRICS incluem Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão, além do Vietnã, que recentemente se tornou parceiro oficial.
10. O que é a Cúpula do BRICS?
A Cúpula do BRICS é uma reunião anual onde os chefes de Estado dos países membros discutem políticas e estratégias de cooperação em várias áreas, incluindo economia, segurança e desenvolvimento sustentável.
11. O BRICS tem influência nas Nações Unidas?
Sim, o BRICS busca aumentar a representatividade dos países em desenvolvimento na governança global, incluindo reformas nas Nações Unidas e em outras organizações internacionais como o FMI e o Banco Mundial.
12. Quais são os principais pilares de atuação do BRICS?
O BRICS atua principalmente em três áreas: política e segurança, economia e finanças, e interação entre sociedades civis (P2P).
13. Quando o BRICS foi expandido pela primeira vez?
A primeira expansão do BRICS ocorreu em 2011, quando a África do Sul foi admitida, passando o grupo a ser chamado de BRICS.
14. Quais países se tornaram membros do BRICS em 2024?
Em 2024, o BRICS se expandiu para incluir Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã.
15. O BRICS é um grupo apenas de economias emergentes?
Sim, o BRICS é composto por economias emergentes que têm um papel crescente na economia global e buscam maior poder de influência nas questões internacionais.